A parceria entre a Prefeitura Municipal de Mari/Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Agrário e a Universidade Federal da Paraíba, através da Pró-reitora para Assuntos Comunitários/PRAC resultará numa experiência inovadora e desafiadora, que consiste na implantação de um Sistema Produtivo, Agroecológico e de cunho Cooperativo. E o ponto de convergência para o alcance do objetivo delineado é a construção de uma GEODÉSICA feita de BAMBU.
A experiência está sendo desenvolvida numa pequena propriedade rural que fica as margens da PB 073, próximo ao campo de futebol municipal, com cerca de 3 hectares.
Será utilizada uma técnica de construção tradicional, que está relacionada com Bioconstrução, Arquitetura Sustentável e a Permacultura (cultura permanente). “Falamos que é uma técnica de construção tradicional, porque nos remente aos primórdios da construção das casas para abrigar os povos tradicionais. Discutida entre grupos de agroecologia a técnica que agora leva o nome de bioconstrução, supera o simples ato de construir, pois envolve outros aspectos como a organização da comunidade, a solidariedade e a dimensão filosófica do mutirão. Por isso é comum às pessoas que participam desses mutirões compartilhar de momentos especiais de transformação de suas vidas e dos beneficiados diretos, ou seja, das pessoas que irão morar na nova casa”, esclarece, Severino Ramo, Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Agrário.
A GEODÉSICA terá uma área coberta de cerca de 80², com 4,7 metros de altura e servirá como ponto de apoio para a realização de cursos, vivências e treinamentos. No seu entorno será desenvolvido o experimento do Sistema Integrado de Produção, no qual haverá uma espécie de simbiose entre a criação de animais, produção de hortaliças e o cultivo de um pomar formado por frutíferas nativas ou adaptadas. Serão criadas galinhas caipira, suíno, gado e peixes; na horta, haverá o cultivo de alface, coentro, pimentão, tomates, couve, dentre outros; o pomar será formado por pés de coqueiros, jambo, goiaba, graviola, jaca, manga, limão e laranja. Além da implantação de uma cerca verde, composta por arvores nativas em consórcio com pés de maracujá. Outras culturas alimentares poderão ser inseridas no decorrer da experimentação. Não haverá a utilização de produtivos químicos e nem de agrotóxicos no controle de pragas e doenças; o controle será feito de forma biológica!
No Sistema Produtivo Integrado se busca a sinergia entre as diversas atividades desenvolvidas no ambiente – a SUSTENTABILIDADE, deste modo, buscar-se-á o uso de energias renováveis, especificamente a SOLAR.